No último sábado, a pequena cidade de Santa Cruz, localizada no sertão paraibano, foi palco de uma tragédia que abalou profundamente a comunidade.
Francisco Antunes Sobrinho, de 52 anos, e Eduardo Antunes da Silveira, de 38 anos, irmãos unidos por uma relação fraternal sólida, faleceram no mesmo hospital após travarem uma árdua batalha contra o câncer. Ambos estavam sob os cuidados médicos no Hospital Regional de Sousa.
A comunidade, já abalada pela perda, expressou seu pesar diante da sequência de falecimentos que atingiu uma família tão próxima. João Antunes Neto, irmão das vítimas, compartilhou o choque e a tristeza que envolveram a perda de seus entes queridos
Eduardo foi o primeiro a partir, com seu óbito registrado às 00h40 do último sábado, como informado pelo boletim médico. João Antunes Neto, desempenhando um papel crucial, acompanhou Eduardo desde a sua admissão no hospital em 15 de agosto até o momento de sua passagem.
A tragédia se aprofundou quando Francisco, o outro irmão, começou a sentir-se mal ao tomar conhecimento da morte de Eduardo no mesmo sábado. Ele foi admitido no mesmo hospital e faleceu às 23h, agravando ainda mais o pesar da família e da comunidade.
Francisco lutava contra um câncer no intestino, enquanto Eduardo enfrentava tumores no fígado e no reto desde o diagnóstico. Ambos se submetiam a tratamentos de quimioterapia, com Francisco em João Pessoa e Eduardo em Fortaleza.
Os corpos dos irmãos foram sepultados no Cemitério Público de Santa Cruz. Eduardo foi sepultado no próprio sábado, enquanto Francisco recebeu as últimas homenagens no domingo. A cidade inteira se mobilizou em um profundo luto, levando a prefeitura a decretar um período oficial de tristeza em homenagem aos irmãos.
A coincidência trágica é marcante, já que ambos receberam o diagnóstico da doença no mesmo ano, com apenas um mês de diferença entre eles. Enquanto Francisco enfrentava a batalha contra o câncer no intestino, Eduardo lutava contra a enfermidade que atingia o fígado e o reto.
João Antunes Neto, que também é motorista de ônibus, partilhou a angústia de ter acompanhado Eduardo até seu último momento, apenas para, no mesmo dia, ter que enfrentar a hospitalização e perda de Francisco. A família, além dos pais sobreviventes, compartilha a dor com outros cinco irmãos.
O falecimento de Eduardo deixou três filhos órfãos de pai, adicionando uma dimensão ainda mais trágica a essa história de perda e sofrimento.