O ex-prefeito de Cândido de Abreu, município que fica no norte do Paraná, foi denunciado junto com mais três pessoas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR).
Eles são acusados de corrupção ativa e passiva e lavagem de ativos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria). A denúncia decorre das investigações da Operação Chão de Giz, deflagrada em novembro de 2022.
Conforme a denúncia, o ex-prefeito da gestão 2016-2020 teria recebido de dois empresários que tinham contratos vigentes com o Município a quantia de R$ 572.477,58 – os valores teriam sido entregues entre 2017 e 2022, de forma dissimulada, tanto em espécie quanto por meio de pagamentos de financiamentos imobiliários, de boletos de pessoas jurídicas do ex-prefeito e do repasse de cheques endereçados a terceiros.
O ex-secretário municipal de Administração na mesma gestão teria recebido R$ 23.500 dos mesmos empresários, dissimulando também parte do recebimento por depósito em conta bancária de sua filha, que reside fora do país.
Em contrapartida, o ex-prefeito e o ex-secretário teriam cometido atos ilícitos no procedimento licitatório que gerou a contratação, direcionando a licitação em favor dos empresários, ao permitirem que as três empresas concorrentes fossem do mesmo grupo familiar, de modo a não haver concorrência real no procedimento, fato criminoso (fraude a licitação) constante de denúncia oferecida anteriormente.
O ex-prefeito, o ex-secretário e outras seis pessoas também são rés em ação por ato de improbidade, ainda em andamento, ajuizada em decorrência das investigações da Operação Chão de Giz.