Uma moradora de Toledo, foi surpreendida ao receber uma fatura de energia elétrica no valor de R$ 60.351,40, referente ao consumo de uma residência de apenas 53 metros quadrados.
O valor é 229 vezes maior que a média de consumo habitual do imóvel, que gira em torno de R$ 170 por mês.
Nos dois meses anteriores, a conta já havia subido para cerca de R$ 260, mas o valor atual representa um aumento de 22.976%, sem justificativa aparente. O imóvel é ocupado por duas pessoas que permanecem na residência somente no período noturno.
A consumidora formalizou uma reclamação à Companhia Paranaense de Energia (Copel) nesta segunda-feira (14). Segundo ela, a empresa afirmou que irá analisar o histórico de consumo e poderá emitir um novo boleto com valor médio, caso identifique inconsistências. Até o momento, nenhuma vistoria técnica foi realizada no local.
Imagem: Reprodução Toledo News
Como parâmetro de comparação, uma indústria de médio porte em Toledo, com seis máquinas de alta tensão e 45 funcionários, costuma pagar uma média de R$ 16 mil por mês em energia.
A população que se sentir lesada com faturas excessivas ou oscilações no fornecimento pode procurar o Procon de Toledo, munida da fatura, documentos e, se possível, fotos ou vídeos que comprovem o problema. As denúncias também poderão ser levadas à Audiência Pública que será realizada no próximo dia 29 de abril, às 18h30, na Câmara de Vereadores.
A iniciativa é do vereador Marcos Zanetti (Cidadania), que recebeu diversas reclamações de moradores e comerciantes sobre aumentos injustificados e quedas constantes de energia. Há casos relatando contas com até 100% de aumento em um único mês, sem alteração no consumo.
A Audiência será aberta ao público e terá espaço para manifestações. Representantes da sociedade civil organizada, Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), Procon, Ministério Público, OAB e demais entidades foram convidados.
Caso não haja resposta satisfatória por parte da Copel, a ata da audiência será encaminhada ao Ministério Público, que poderá instaurar uma ação civil pública para responsabilizar a concessionária.